quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Árvores falsas


Saiu na Scientific American Brasil (“Terra 3.0”) um artigo de Adam Hadhazy sobre “Árvores falsas, energia de verdade”. A reportagem conta que uma empresa britânica do professor de mediciana alternativa Alex Van der Beek, a Solar Botanic Ltda (http://www.solarbotanic.com/) quer criar árvores artificiais com “folhas” que absorvam a luz solar e que ao balançarem com o vento gere energia. A idéia dele vem das “nanofolhas” , muito original, porém muito difícil execução. O problema, segundo o físico Josef Heremans, é conciliar os materiais fotovoltaicos (para o captar energia solar) e o termoelétrico.

A árvore seria verde ou preta? Pois sabemos que o preto absorve muito mais radiação que o verde. E os animais como se adaptariam?! Será que vale a pena os investidores da bolsa aplicar seus capitais num projeto desses ?! Com certeza! Mas tem que haver maior incentivo por parte do governo para haver credibilidade neste projeto!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Curta DESTINO Salvador Dalí

Para quem gosta do emblemático pintor espanhol surrealista Salvador Dalí (1904-1989), a Disney lançou um curta em que Dalí produziu em 1946. Muito Bom!!! Suas obras estão retratadas nesse curta que estava perdido nas prateleiras da Disney e que agora foi resgatado pelo "Neto Disney". Já ganhou vários prêmios internacionais! O curta tinha que ser feito em cima da música DESTINO do compositor mexicano Armando Domínguez.



Enjoy!


sábado, 12 de setembro de 2009

Água um bem muito estimado


Você já reparou o quanto de água você consome? Você deve estar pensando 1 litro para beber, mais 300 litros para tomar banho? Geralmente, pensamos que consumimos água apenas na hora de beber, fazer comida e na higiene. Tudo bem, mas estou querendo dizer se você tem idéia de que tudo o que você consome, usa e descarta, seja qualquer tipo de objeto tem água envolvido no seu processo.

Eu li um artigo na revista do Guia do Estudante Atualidades Primeiro Semestre 2009 (nome do artigo: Dossiê da Água, por Thereza Venturoli) e vou colocar os tópicos mais importantes para nosso questionamento, também pesquisei outras fontes que serão colocadas no final do post.

Uma das maiores preocupações de todas as nações é a água, um recurso natural esgotável. A água possui um ciclo eterno (ou seja, um recurso renovável), seja nos mares, rios, lagos, no subterrâneo, nas calotas polares, na atmosfera, etc. ela evapora, condensa, precipita, escorre para o fundo da terra, retorna nas nascentes voltando para a superfície de onde volta a evaporar (...) E esse curso já foi alterado, muitos povos de diferentes nações já sentem a escassez da água. O petróleo também é uma fonte de energia esgotável, porém, pode-se buscar outras fontes de energia. Já a água não tem alternativa, é o nosso único recurso, precisamos dela para a nossa sobrevivência. A água é um bem que pertence a todos, não somente aos humanos, mas a todos os seres que necessitam dela para a sua sobrevivência. Portanto, que direito nós temos de dominar esse recurso e deixar outros seres vivos, sejam racionais ou não, sem esse bem natural tão estimado!? Estamos numa época em que a ameaça de escassesz da água é de proporções globais, e o grande causador dessa ameaça é nós! Consuminos água numa forma sem precedentes. Sempre existiram zonas áridas no globo em toda a história, mas vivemos numa época em que a falta da água pode gerar conflitos globais.

Segundo fontes da Nasa e USGS (U.S Geological Survey), estima-se que toda a água do planeta (em todos os estados) é de 1,39 bilhões de quilômetros cúbicos, e que dessa quantidade nós usamos apenas a água doce superficial que representa 0,007% de toda a água doce do planeta.

Segundo a ONU, o consumo mínimo diário para uma pessoa é de 20 a 50 litros, somente para as necessidades básicas. Estima-se que uma pesssoa norte-americana pode consumir, em média, 650 litros por dia, um brasileiro 180 litros (Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano 2006). Segundo pesquisas, entre 1950 e 2008, a população mundial cresceu de 2,5 bilhões para 6,7 bilhões, e que em 2050 iremos ter uma população de 9 bilhões, em 60 anos a população mais que duplicou e o consumo de água aumentou sete vezes. Isso significa que iremos consumir muito mais água em 2050! Teremos que produzir mais artigos de consumo, isso quer dizer que as indústrias, plantações (com as irrigações), o uso doméstico, será gasto muito mais água!

O desenvolvimento industrial colabora e muito pela queda dos níveis dos rios e aquíferos. Pode ser paradoxal mas, quanto mais rica for uma população, maior será o consumo de água por habitante. E o pior: os povos ricos pagam mais barato a água! O resultado disso é que os povos de nações muito pobres, como no continente africano, tem altos índices de mortalidade e de incidência de doenças relacionadas às condições de acesso à água.

O aquecimento global é outro vilão da escasses da água! A poluição gerada pelo homem é um dos grandes responsáveis pela quebra do ciclo hidrológico. Consequência de que algumas regiões do globo sofrem com a escassez, e outras regiões em enchentes. Outros fatores, é o crescimento domográfico de regiões metropolitanas, que gera muito despejo tóxico de indústria e o de esgotos não tratados de casas nos rios, lagos e mananciais. O que é um crime ambiental e econômico para nós, gerações futuras e todo o ecossistema. Mas não é só nas cidades, nos campos, onde a agricultura em grande escala impera, também há um forte risco pela contaminação dos mananciais e lagos subterrâneos por pesticidas, ou por irrigação de plantações e água para o pasto. Muitos especialistas afirmam que ainda não existe uma política global para uma questão tão profunda e importante quanto o recurso da água. Isso deve ser motivo de guerra nesse século, pois existem muitas nascentes que estão num país que viram rios e que cruzam mais países; outro motivo de conflito que pode ser gerado é que muitas bacias hidrográficas (aquíferos) passam as fronteiras de vários países.

Nesses dois últimos séculos, o mundo desenvolveu-se de forma incrível. A população cresce, e com isso a produção de alimentos e insumos agrícolas também. Para produzir alimentos é necessário o uso da água, e estima-se que cada cidadão precisa de 2,7 mil litros de água por dia, contando todos os alimentos em que consome. Ou seja, a água que se usa em casa (50 litros em média por pessoa) representa apenas 10% do consumo mundial, os restantes 90% vem na forma de água invisível, dissolvida nos mais diferentes produtos e atividades. A agricultura é a responsável pelo maior consumo de água, cerca de 70% do que é extraído dos rios e aquíferos destina-se a produção agropecuária. O total de água consumida direta ou indiretamente por uma pessoa recebe o nome de pegada híbrida, e ela não mede somente a água agregada nos produtos, mas também o volume poluído pela cadeia produtiva. Essa pegada híbrida é muito desproporcional entre os países, isso por causa das exportações e importações, as nações pobres em água compram fora de sua produção nacional alimentos e produtos industriais, fazendo com que importem (na forma de água virtual) o recurso coletado de bacias hidrográficas de outras regiões do globo. Entre 1997 e 2001, o comércio internacional transferiu de um país a outro algo em torno de 1,6 trilhões metros cúbicos de água virtual por ano, em produtos agropecuários e industriais. Desse total, 61% do volume viaja invisivelmente em grãos, e outros produtos vegetais, animais e derivados representam 17%. Os produtos indústriais utilizam 22%. Isso indica que do total de 7,1 trilhões de metros cúbicos de água usada a cada ano pela indústria e agropecuária, 16% são relativos a produtos exportados. Entre produtos indústriais, isoladamente, esse percentual sobe para 34%. O Brasil está entre um dos maiores exportadores de água virtual do mundo. O Brasil entre 1997 e 2001 exportou, a cada ano, 67,8 bilhões metros cúbicos na forma de produtos agropecuários, tendo um saldo negativo na importação de quase 45 bilhões metros cúbicos. O prejuízo hídrico é muito grande. Existe dois aspectos importantes, a primeira é que quem tem pouca água em seu territótio, importa bens de consumo (como commodities, produtos agrícolas) de outros países (na maioria subdesenvolvidos) para manufaturar em seu território, onde gasta-se menos água. E os produtos agrícolas trazem muitos danos ao meio ambiente, que muitas vezes irreveusíveis.

A água é um bem natural. Mas esse bem natural tem que ser taxado? A água passaria de uma fonte natural para uma commodity? Quem consome mais deveria pagar mais por ela? No Brasil, como a água é muito abundante, há pouca campanha para se economizar. Em nosso país há pouca política sobre a água. O Brasil detém 13% de toda água superficial do planeta. Somando-se os depósitos subterrâneos, o país oferece a cada habitante 34 metros cúbicos por ano. Porém, essa água não é distribuída de forma uniforme às regiões. E o pior, o país não possui uma coleta de tratamento de esgoto adequada. Numa pesquisa realizada realizada pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) em 4,5 mil municípios (84% do território) mostra que em 2006, o índice médio nacional de coleta de esgoto por rede geral era pouca mais de 48%, mas apenas 32% do total de esgoto gerado recebia tratamento. E o pior é a ocupação da população nos mananciais, onde não há seneamento e o esgoto é depositado direto nos rios e lagos das regiões onde abastece a população urbana.

Segundo a OMS, no Brasil a porcentagem de mortes causadas pelacontaminação da água -2,3% do total - está abaixo da média mundial, de 6,3%. Ainda sim, 28 mil brasileiros morrem a cada ano em decorrência de algum fator relacionado à qualidade e disponibilidade de água e à falta de saneamento.

Portanto, temos que nos conscientizar no uso da água, denunciar abusos, e cobrar dos políticos um programa para que o Brasil não deixe contaminar o maoir bem que ele tem: a água!

domingo, 23 de agosto de 2009

Carro elétrico, vantagens?

Os carros “normais” são movidos basicamente em combustão, ou seja, eles são movidos pela mistura combustível e oxigênio. Maiores detalhes:

O combustível, na maioria dos países, é a gasolina derivada do petróleo. O petróleo como todos sabem é um combustível fóssil que foi depositado pela decomposição da matéria orgânica. Países desenvolvidos (e em desenvolvimento) usam o petróleo como principal matriz para a produção de diversos tipos de materiais (plástico, remédios, etc.) e combustíveis para seus veículos.

Mas o petróleo tem muitas desvantagens, e uma delas é no processo para ele se transformar em combustível. Na gasolina, por exemplo, na hora da combustão da mistura, ele libera gases altamente poluentes (monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e alguns hidrocarbonetos não queimados) nos carros de hoje as montadoras são obrigadas a colocar catalisadores que minimizam alguns gases poluentes, mas não resolve o problema. Os carros movidos a álcool também liberam gases poluentes, mas segundo estudos (ou propaganda?!) ele é compensado pelo plantio de cana (ou de milho nos EUA) que absorve os gases poluentes como o gás carbônico. (Mas acho que falta muita pesquisa para saber se é compensador, pois vamos deixar de plantar alimentos para plantar combustível? Esse foi um dos motivos pela alta dos preços dos alimentos em diversos países pobres)

Nos jornais, revistas cientificas e de carros, as montadoras estão fazendo o maior alvoroço sobre carros movidos a energia elétrica. Estão, desde já, fazendo propaganda em salões de automóveis do mundo todo.

Mas será que é vantagem os carros elétricos? Até que ponto?

As vantagens dos carros elétricos, segundo as montadoras (e os engenheiros) é que o motor a combustão é substituído pelo motor elétrico, O motor elétrico recebe força de um regulador, cuja alimentação é feita por um conjunto de baterias recarregáveis. As montadoras estão num desafio crucial! Desenvolver as baterias! Hoje elas são pesadas (aprox. 500 kg), e a principal desvantagem é que são produzidas por chumbo-ácido, mas que podem ser substituídas por níquel-hibreto metálico (NiMH), mas custam 10 vezes mais que a primeira!

Mas eu diria que a principal preocupação é com o fornecimento da energia elétrica para as baterias dos carros. Hoje, algumas baterias precisam de uma carga de 10 horas! Mas há projetos em desenvolvimento para que diminua essa recarga. O fornecimento de energia elétrica em nossas residências vem de uma estação. No caso do Brasil, a principal matriz energética é por hidrelétricas, ou seja, as turbinas elas são movimentadas através da energia potencial de barragens que fazem com que a água caia movimentando a turbina e gerando assim energia elétrica (resumidamente). A desvantagem da hidrelétrica é que afetamos muitos ecossistemas para represar a água. Mas é uma matriz não poluente. Já países como os EUA, Inglaterra e principalmente a China e a Rússia suas matrizes energéticas são a queima de carvão mineral, ou seja, altamente poluente! Portanto, os carros elétricos não seria vantajoso nesses países onde sua matriz energética é a queima de carvão mineral.

Devemos ter responsabilidades e cobrar dos governos e montadoras uma outra alternativa para os carros. Uma das principais linhas de pesquisa para o combustível de veículos é o carro movido a hidrogênio, onde em vez de sair poluentes no escapamento, sai moléculas de H2O, ou seja, água.

Para maiores informações:

http://carros.hsw.uol.com.br/carros-eletricos.htm

http://ciencia.hsw.uol.com.br/gasolina.htm

http://carros.hsw.uol.com.br/celula-combustivel.htm

http://veja.abril.com.br/250608/p_170.shtml

http://veja.abril.com.br/090909/carro-eletrico-brasileiro-p114.shtml


domingo, 2 de agosto de 2009

Simetria na Natureza


Nos tempos modernos, com a midia nos bombardeando todos os dias com padrões de beleza e estética nos seres humanos, esquecemos de quão abundante existe perfeições na natureza e na cultura do seres humanos em se tratando de Simetria.
Todos os dias nós nos olhamos no espelho, por quê? Para ver se estamos simétricos, ou seja, se o lado direito está idêntico ao lado esquerdo. Mas e o cabelo? O cabelo muitas vezes é a quebra de Simetria.
Mas afinal o que é Simetria?
Podemos recorrer ao dicionário, que nos informa a definição de Simetria:
É a disposição harmônica de coisas iguais ou semelhantes; harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares; regularidade, proporção. (Moderno dicionário enciclopédico brasileiro. Curitiba: Editora Educacional Brasileira, 1985.)

Aparentemente, nada há na Natureza suficientemente pequeno ou insignificante para não merecer uma agradável simetria, como se evidencia pela glória matinal dos botões de duas flores, formando duas espirais. Como a foto de cima.
Procurem as imagens da planta marinha diatomácea, os cristais hexagonais de neve, as estrelas-do-mar.

A natureza procura sempre por uma simetria através das formas geométricas: círculos, triângulos, quadriláteros, hexágonos, também figuras espaciais como o cubo e o tetraedro.
Existem muitas curiosidades no estudo da simetria na natureza, e uma delas são os flocos de neve que se ampliarmos ela são todas da forma hexagonal. A secção de um favo de mel de abelhas consiste de hexágonos, não apenas resistentes na estrutura, mas que permitem obter a máxima armazenagem.

A Natureza não se contenta com figuras simples, também cria figuras complicadas. Um bom exemplo é a espiral formada por conchas, ela é chamada de espiral equiangular ou logarítmica, pois a curva da espiral sempre intercepta o raio sob ângulo constante. As espirais logarítmicas sempre aparecem também nas presas dos elefantes, nos chifres de cabras selvagens e nas unhas de canários. Espirais semelhantes, embora menos precisas são formadas pelos diminutos grãos do miolo das margaridas. São formadas no sentido horário e antihorário. Nossa vista consegue distinguir essas espirais como dois conjuntos distintos, cada conjunto formado sempre de um número predeterminado de espirais. A maioria das margaridas têm 21 e 34. Arranjos semelhantes de espirais opostoas aparecem na casca do pinheiro cônico (5 e um sentido e 8 em outro), e na do abacaxi (8 e 13), bem como nas folhas de inúmeras árvores.

Isso talvez pareça coincidência, mas não. A natureza está sempre buscando simetria e relações perfeitas. Existe uma relação com a sequencia matemática, conhecida como "sequencia de Fibonacci" desenvolvida pelo matemático e comerciante italiano Leonardo de Pisa (1170-1250). A série é produzida começando-se pelo número 1 e somando os dois números anteriores para formar o seguinte: 1+0 = 1; 1 + 1 = 2; 1 + 2 = 3; 2 + 3 = 5; 3 + 5 = 8 ... e assim vai.
A sequencia é 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ... A relação das espirais da margarida, 21:34, corresponde a dois números adjacentes da série de Fibonacci, da mesma forma a do pinheiro 5:8, e do abacaxi 8:13 e muitas outras formas da natureza.

Os números de Fibonacci, já eram conhecida pela antiga civilização (gregos e egipcios). Na arquitetura grega eles usavam muito a Divina Proporção usando o retângulo áureo.
No site Matemática na Veia http://www.matematica-na-veia.blogspot.com/2008/03/phi-razo-area-e-curiosidades-matemticas.html há uma boa explicação sobre a Razão Áurea. O retângulo áureo é considerado a forma geométrica mais agradável à vista; durante muitos anos os pesquisadores encontraram exemplos disso, desde o Partenon de Atenas até os prédios modernos e obras primas. Hoje em dia, se discute muito se realmente para se ter um padrão de beleza é necessario sua face e seu corpo respeitarem a divina proporção. Grandes artistas pintavam seus quadros usando o retângulo áureo, Leonardo da Vinci, Seurat, Piet Mondrian, etc.

Portanto padrão, ordem, simetria, pode ser considerados sinônimos quando se estuda as belezas da Natureza. Há padrões no movimento dos planetas, no número de pétalas de uma margarida (sempre 34, 55 e 89), nas listras das zebras, tigres, no andar do homem que tocam o solo em ritmo regular, há padrões nas nuvens na forma caótica, chamados de fractais (este para um próximo post!)

Bibliografia:
*As Matemáticas - Biblioteca Científica Life;
* Introdução à História da Matemática - Howard Eves;
* Historia de las Matemáticas - E.T. Bell;
* The Fabulus Fibonacci Number - Alfred Ponsametier;
* Os números da natureza - Ian Stewart;

Para saber mais sobre Padrões de Beleza:

terça-feira, 28 de julho de 2009

Leibniz e a Razão





Leibniz (1646-1716) foi um grande filósofo e matemático alemão. Foi um dos descobridores do cálculo infinitesimal (descobriu independentemente de Newton). À ele se atribui também os símbolos que usamos nos cálculos de integração e derivação, que são muito mais simples que os empregados por Newton.
Achei uma leitura dele no livro Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano, no prefácio. Existia na época (século XVIII) uma calorosa discussão, que ainda é forte em nossa época, sobre o Racionalismo (idealismo) versus o Empirismo, ou seja, a Razão (idéias, no sentido platônico) é algo inerente (nasce com o homem), já o Empirismo, diz que a mente humana quando nasce é uma "tábula rasa" (expressão de Jonh Locke) não há nada na mente, tudo o que nós aprendemos é com o passar dos anos através do senso comum. Enfim, é uma discussão que até hoje permeia todos os níveis do conhecimento.
Mas, como sou um leitor dos livros de Leibniz, coloco esse trecho muito interessante do seu prefácio:

"Os sentidos, se bem que necessários para todos os nossos conhecimentos atuais, não são suficientes para darno-los todos, visto que eles só nos fornecem exemplos, ou seja, verdades particulares ou individuais. Ora, todos os exemplos que confirmam uma verdade de ordem geral, qualquer que seja o seu número não são suficientes para estabelcer a necessidade universal desta mesma verdade, pois não segue que aquilo que aconteceu uma vez tornará a acontecer da mesma forma. (...) Parece dever-se concluir que as verdades necessárias, quais as encontramos na matemática pura e sobretudo na aritmética e na geometria, devem ter princípios cuja demonstração independe dos exemplos, e consequentemente também do testemunho dos sentidos, embora se deva admitir que sem os sentidos jamais teria vindo à mente pensar neles (...) É verdade que não se deve imaginar que possamos ler na alma estas leis eternas da razão do livro aberto, como se lê o edito do pretor no seu livro sem trabalho e sem pesquisa; basta, porém, que possamos descobri-las em nós em virtude da atenção, sendo que a ocasião é fornecida pelos sentidos, e a sequência das experiências serve ainda como confirmação à razão, mais ou menos como as provas servem na aritmética para melhor evitar o erro do cálculo quando o raciocínio é longo (...) Só a razão é capaz de estabelecer regras seguras e de suprir o que falta nas regras que não eram seguras, inserindo as suas exceções; só a razão é capaz de encontrar finalmente conexões certas na força das consequências necessárias, o que dá muitas vezes a possibilidade de prever o acontecimento sem ter necessidade de experimentar as conexões sensíveis das imagens, às quais estão reduzidos os animais; assim sendo, o que justifica os princípios internos das verdades necessárias constitui um outro elemento que distingue o homem do animal irracional."

Será que o homem já nasce com tudo na mente basta desenvolvê-la? Acho muito difícil! Mas será que a verdade se esconde atrás das definições e axiomas matemáticos? Existe um mundo superior a este? Um mundo onde tudo é inteligível?! É uma visão platônica! Que nem Matrix!!! (Adoro!) Mas acho muito pouco provável. Vemos o mundo do jeito que ele é! Pois se fosse diferente nós não estríamos aqui (Princípio Antrópico)! Acredito tanto no idealismo como no empirismo. E uma dose certa dos dois, contruímos o mundo em que vivemos!

ALOHA!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Probabilidade


A MegaSena acumulou! 56 milhões de reais! É um ótimo dinheiro. Mas, qual é a chance de se ganhar essa bolada? Achei um site muito interessante, talvez vários apostadores assíduos já o conheçam http://www.mega-sena.biz/. É muito bom e bem explicado, vem com palpites, previsões, gráficos, calculadora, e o mais interessante o cálculo probabilístico! Mas o que é a Teoria das Probabilidades e de onde ela saiu?
Segundo os livros de História da Matemática (em especial o de Howard Eves) os primeiros estudos feitos a respeito da probabilidade foram dos matemáticos francêses Pierre de Fermat (1601-1665) Blaise Pascal (1623-1662) também do holandês Huygens (1629-1695). Mas foi Abraham De Moivre (1667-1754) que fundamentou a teoria probabilistica, com as obras Annuities upon Lives, que teve um papel importante nas ciências atuárias da época, Doctrine of Chances, que continha material sobre probabilidades. A teoria surgiu apartir do interesse de grandes apostadores em jogos de azar.

Mas o que dizer do Mundo Natural? As Leis da Natureza são previzíveis? Talvez!

Em nosso mundo pensamos que a Matemática pode responder qualquer tipo de questão que envolva o estudo da Natureza. O famoso matemático Pierre Simon de Laplace, que aperfeiçoou a análise newtoniana do sistema solar em notável trabalho intitulado Mécanique Céleste (Mecânica Celeste), assim se manifestava:

Uma inteligência capaz de compreender todas as forças que animam a Natureza e suficientemente ampla para submeter tais dados à Análise, poderia incluir na mesma fórmula os movimentos dos maiores corpos do Universo e dos menosre átomos; para tal inteligência, nada seria incerto e diante de seus olhos estariam presentes o passado e o futuro."

Nessa frase de Laplace notamos o alcance da mecânica newtoniana que, na época, respondia todas as perguntas feitas pelos físicos-matemáticos, ou seja, era uma ferramenta útil para responder quase todos os desígnios humanos.

Os cientistas de hoje sabem que esse sonho de Laplace, que na filosofia é dito como determinismo, não pode ser concretizado in loco. Com o advento da mecânica estatística, a mecânica quântica, e outros ramos da ciência, como a meteorologia, é pouco provável prever com exatidão alguns fenômenos naturais; pois em nossos equipamentos de medida sempre tem um erro há considerar; no caso da meteorologia, como exemplo, existe muitas variáveis, etc.

As menores partículas da natureza, os átomos e seus constituintes, se movimentam de modo errático. Mas o número de tais unidades é tão grande que seu comportamento coletivo se torna previsível, com um rigor conhecido, isto é, com probabilidade de erro calculada pela teoria das probabilidades. Uma população de bilhões de moléculas de gás, dentro de um recipiente, pode ser prevista. Porém, é impossível antecipar que uma molécula A colidirá com a molécula B. No entanto, pode-se dizer aproximadamente quantas moléculas colidirão num segundo.

A Análise Combinatória, junto com a Probabilidade é um ramo da Matemática que lida com o estudo que envolve contagem. Mas será que a Probabilidade e as leis estatísticas estão associadas com o indeterminismo humano? Com o Caos? Deixo isso para um próximo post!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Teoria do Big Bang e Leis Físicas


Podemos considerar as leis da natureza algo que transcende o universo físico? Será que o Universo saiu do nada? Como a teoria da Big Bang explica o Universo antes da tal explosão? Ou seja, para que a teoria do Big Bang seja uma verdade ela precisa admitir a preexistência de leis da natureza e de outras noções primitivas. A teoria do Big Bang pode explicar o Universo no seu nascimento numa fração de segundos depois da "grande explosão", mas antes disso ela falha, ou seja, ela não sabe explicar. É o derradeiro incogniscivel (bela frase?!). O Interessante seria buscar compreender o porquê da existência das próprias leis físicas (lembra Matrix!) que permetiriam o surgimento do Universo que nós observamos, e se por acaso elas fossem diferentes?! Talvez uma interpretação mais cética fosse "será que as leis da natureza são uma invenção da mente humana!?" que surgiram de substâncias do universo por meio de processos naturais. Um pouco absurdo, mas daria para refutá-la?! É uma espécie de beco sem saída especulativo. Então para nós humanos, seres supostamente inteligentes, sabermos a resposta para esse intrincado problema, deveríamos consultar seres de outros planetas, também supostamente inteligentes, para saber quais são as suas teorias para o surgimento do Universo e consequentemente nós!


Mas se o Universo sempre existiu..... bom aí deixaremos para uma outra oportunidade.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Giordano Bruno

Bom, como é o primeiro texto, resolvi colocar um parágrafo do grande filósofo italiano Giordano Bruno(1548-1600) o qual me inspira e motiva à sempre querer aprender e ensinar.

"Deixo de lado aqueles intelectos sórdidos e mercenários que, pouco ou nada preocupados com a verdade, estão satisfeitos com aquilo que é comumente considerado saber, pouco amigos da verdadeira sabedoria, ávidos da fama e reputação de sábios, desejosos de aparecer, mas poucos preocupados em ser. Eu afirmo que dificilmente poderá escolher entre as diversas opiniões; e às vezes afirmações contraditórias, aquele que não possuir um sólido e reto juízo a respeito delas. Dificilmente será capaz de julgar aquele que não está em condição de comparar umas e outras, estas e aquelas. A muita custo conseguirá comparar diversas teorias aquele que não entende a diferença que as distingue. Muito difícil é também compreender em que diferem umas coisas das outras e como é diversa a constituição de umas e de outras, estando ocultos o ser e a substância de cada uma delas. Isto não poderá nunca ser evidente, se não for esclarecido pelas suas causas e princípios, em que tem fundamento. Só depois de haver observado com os olhos do intelecto e considerado com o bom senso os fundamentos, os princípios, as causas, em que se basearam estas diferentes e contrárias filosofias; conhecidas a natureza, a substância e a propriedade de cada uma, contrapesadas com a balança intelectual, percebida a diferença que existe entre uma ou outra, feita a comparação entre estas e aquelas, e, depois de haver corretamente avaliado tudo, só então poderá VOCÊ, sem a mínima hesitação, escolher e aceitar a verdade." Sobre o Infinito o Universo e os Mundos.

Giordano Bruno foi o defensor das idéias de Copérnico (que considerava o modelo Heliocentro como o verdadeiro modelo do Universo, e que melhor explicava o movimento dos astros). Copérnico motivou-se pelas leituras de Platão, que na época não eram muito aceita pelos eclisiáticos, que apoiavam suas idéias na filosofia de Aristóteles e pelo modelo Geocentrico desenvolvida, e muito bem, pelo alexandrino Ptolomeu (85 d.C. - 165 d,C.). Pois este modelo, o Geocentrismo, melhor se ajustava nas concepções da Igreja, que basicamente era que Deus criou o Universo para o Homem, portanto a Terra deveria de ser o centro do Universo.
Mas, Giordano Bruno combatia essa filosofia, argumentando que pode haver idéias de que o Universo fosse infinito, e pudesse haver vários mundos como o nosso. O qual a Igreja, na época achou um absurdo, uma heresia, e a inquizição o condenou por bruxaria, por querer divulgar idéias contrárias ao Livro Sagrado.
Giordano Bruno foi condenado à fogueira no dia 26 de maio de 1600.