quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sabem em qual região da Terra é a área mais fria da atmosfera terrestre?

Por incrível que pareça a área mais fria da atmosfera terrestre não está sobre os pólos mas sim sobre o equador! A tropopausa (fronteira entre as duas camadas mais baixas da atmosfera) varia em altitude entre apenas 9 km, acima dos pólos, e 18 km, sobre o equador. A temperatura do ar diminui gradualmente até o extremo superior da tropopausa. Assim as temperaturas chegam muitas vezes abaixo de -80 graus celsius acima do equador, enquanto sobre os pólos norte e sul raramente são inferiores a 55 graus celsius.

Fonte: Reader's Digest

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Universo é: (a)finito (b)infinito (c)finito e ilimitado


O que sabemos hoje do Universo? Muita coisa, mas nosso conhecimento não é verdadeiro e absoluto sobre o que é e como é o Universo. Tentarei expor em parte cada item acima com uma cronologia de pensadores e o que estava acontecendo na época.

O Universo é: a alternativa (a) FINITO

Podemos responder a letra (a) FINITO, e estaremos de acordo com muitas religiões e civilizações do passado que diziam que  a Terra era plana e sustentada por quatro elefantes e esses sustentados por uma tartaruga gigante(fig.1)! Claro que isso era uma alegoria para explicar como a Terra era sustentada. As especulações de verdade sobre a Natureza do Universo remontam aos tempos pré-históricos, por isso a Astronomia é considerada uma das ciências mais antigas. Os registros Astronômicos datam aproximadamente 5 mil anos atrás e se devem aos chineses (sempre eles!), aos babilônios, assírios e egípcios. Nessa época os astros eram estudados com o objetivo relacionados à Astrologia, para fazer previsões futuras de reis e senhores de terra. Quem detinha o conhecimento da Astronomia (e também da Astrologia) eram muitas vezes sacerdotes, druidas, magos, etc. pois eles tinham o “poder”de prever acontecimentos como eclipses (lunares e solares); também conseguiam definir a melhor época para o plantio pois eles perceberam que a Terra completava ciclos regulares de chuvas e secas, essa regularidade do planeta parecia se completar a cada 365 dias e isso foi muito bem observado por essas antigas civilizações. Vários historiadores descobriram que antigas civilizações espalhadas pelo mundo tinham esse conhecimento da regularidade das estações do ano, do período lunar, e da previsão de eventos astronômicos. Isso fazia com que se especulasse a respeito da origem da Vida e do Universo.
(fig1)

O desenvolvimento especulativo da ciência antiga se deu na Grécia quando filósofos-viajantes começaram a especular sobre a origem do Universo. A ideia dos filósofos gregos era achar uma ordem na origem de tudo. A palavra “cosmologia” deriva da antiga palavra grega kosmeo, que significa “ordenar”ou “organizar”, pois o céu apresentava padrões que podiam ser compreendidos de uma forma analítica e sistemática.
Começou a surgir conceitos como o da Esfera Celeste, uma esfera de material cristalino(fig2), incrustada de estrelas, tendo a Terra como centro. Eles naquela época não tinham conhecimento da rotação da Terra, imaginavam que a esfera celeste girava em torno de um eixo passando pela Terra. Observaram que todas as estrelas giram em torno de um ponto fixo no céu(fig3), e consideraram esse ponto como uma das extremidades do eixo de rotação da Esfera Celeste. Eles sabiam que o Sol muda de posição no céu ao longo do ano (no hemisfério Sul no inverno o Sol está mais ao Norte e no verão o Sol está mais ao Sul) e nasce sempre no leste e se opõe ao oeste. Esse caminho aparente do Sol no céu durante o ano define a eclíptica(fig4) (assim chamada porque os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica). A Lua e os planetas percorrem o céu em uma região de dezoito graus centrada na eclíptica, essa região é definida como o Zodíaco, hoje dividida em 13 constelações(fig5) (a mais nova é a Serpente 29 de Novembro à 17 de Dezembro).

(fig2)

(fig3)

(fig4)

(fig5)

Como os gregos deduziram que a Terra é esférica, ficaram com uma dúvida que ainda assombra muita gente nos dias de hoje: “O que impede as pessoas de caírem?” A solução aristotélica (se é que podemos dizer assim) é dizer que como tudo tem a tendência de ir para o centro da Terra, então o centro da Terra é o centro do Universo. Portanto, a Terra é estática e tudo sobre a sua superfície é projetada para o centro, por isso que nós somos “presos” e não caímos fora da Terra.

Fica muito simples a explicação de que a Terra é o centro do Universo, pois nós somos o centro de todas as coisas, pois Deus (ou Deuses) quis assim, é a sua criação. O Sol, a Lua, os astros errantes (planetas) todos giram em torno da Terra. E depois dos planetas há o que se acredita a morada dos Deuses, é o que os antigos chamavam de esfera de cristal o lugar das estrelas fixas. Portanto, o Universo gira em torno da Terra!

Tudo isso fica muito claro com o modelo geocêntrico(fig6)  proposto por Ptolomeu(fig7)  no seu livro Almagesto que trabalhou na biblioteca de Alexandria no Egito (século II d.C.). Com o calendário juliano e as navegações era preciso conhecer muito bem o céu noturno e Ptolomeu estudou e catalogou muitas estrelas e propôs um modelo já conhecido mas muito bem estruturado por ele. Mas o modelo geocêntrico já existia, mas não conseguia explicar o movimento dos “corpos errantes” principalmente o planeta Marte. Eis que Ptolomeu apresenta uma elaborada explicação matemática para o movimento dos planetas o chamado ciclos e epiciclos(fig8), já conhecido por Arquimedes. O cristianismo em ascensão precisava de um “modelo matemático” para justificar seus dogmas bíblicos e o modelo aristotélico-ptolomaico do geocentrismo foi muito bem aceito pelo cristianismo.
(fig6)


(fig7)
(fig8)

Portanto, no inicio da era cristão a imagem do universo como sendo o modelo geocêntrico (ptolomaico-aristotélico) era o que melhor se ajustava nessa época. Mas esse sistema era usado somente no Ocidente, outras culturas tinham outras imagens para o Universo. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Einstein e a Religião



Einstein e a Religião: Física e Teologia
Por Max Jammer Ed. Contraponto ano:2000
223 páginas
Resenha: Daniel B. Bertoglio email: prof_salsicha@hotmail.com Blog: www.valordaciencia.blogspot.com
O resumo está no Scribd no link: http://pt.scribd.com/doc/78809573/Einstein-e-a-Religiao

Seu livro mostra uma pequena biografia de Einstein sua vida desde a infância, suas influências na juventude seus pensamentos sobre religião, ciência e filosofia. Essa é uma resenha que fiz sobre os principais pensamentos dessa personalidade que em sua vida, sempre buscou as coisas mais simples.
Foi um livre pensador, sempre certo em suas idéias científica e pronto para mudá-las caso fosse necessário. Mas suas convicções filosóficas eram muito fortes, ele acreditava num determinismo, por isso dizia que a Mecânica Quântica era incompleta. Depois de escrever a Relatividade Especial e Geral (1905 e 1916, respectivamente) não desistiu de buscar o seu maior sonho que foi a Teoria do Campo Unificado, onde buscava unir a Teoria Geral da Relatividade com a nova física que ajudou a fundar: a Mecânica Quântica. Sua mente era inquieta, falava com todos que o cercava. Sempre falando de política, filosofia, religião e o que ele mais gostava: Ciência. Foi um divulgador de sua própria teoria para o público leigo. Ele dizia que para entender o mundo (e a física) ela tem que ser explicada de uma maneira que até criança entenda. Apaixonado por música, sempre com seu violino adorava tocar para as pessoas e convidados. Foi um estudante que adorava a vida boêmia, nunca foi um homem de família, ele se dizia muito descontente com isso, afastou-se por um tempo de sua primeira esposa e filhos. Mas nunca os deixou na mão; é que sua mente estava sempre voltada para o mundo.
O livro é dividido em três capítulos. Escrevi a resenha dos dois primeiros capítulos. O terceiro vou deixar para o leitor se deliciar integralmente, pois fala das idéias filosóficas após Einstein e todas são boas, e faltaria tempo para descrevê-las. Quis pegar a essência dos dois primeiros capítulos nas quais dividi em algumas partes, onde, por exemplo, ele fala de Religião, Filosofia, etc.
Esse livro dá uma idéia do quanto esse “homem do mundo” via sobre a Religião. O livro não traz só as suas idéias, no Capítulo 2 há uma discussão de religiosos e teólogos contra (e a favor) do seu pensamento religioso, até um filósofo escreve detalhadamente que Einstein se contradiz em sua “Religião Cósmica”.
O que Einstein não queria, mas acabou acontecendo é que muitos usam o seu nome para defender o ateismo, ou uma Religião. Fica muito claro que Einstein não tinha religião (apesar dele ser judeu não praticante), o que o físico fazia era combater os governos que reprimissem práticas sejam elas religiosas, filosóficas ou científicas. Einstein não se considerava ateu (como veremos mais abaixo), muito menos místico.
A leitura do livro é essencial para quem busca uma visão para conciliar “Ciência e Religião” (título de um dos principais artigos de Einstein). Espero que gostem dessa pequena resenha. E desculpa se acabei esquecendo algo, aceito sugestões.
OBS: O que está em negrito e itálico é frase do próprio Einstein (ou de outro autor). E o que está em itálico é  extraído de Max Jammer

O autor Max Jammer (1915-2010) foi professor emérito de Física e reitor da Universidade de Bar-Ilan (Israel) e colega de Einstein em Princeton (EUA).