sábado, 28 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
O Universo é: (a)finito (b)infinito (c)finito e ilimitado
O
que sabemos hoje do Universo? Muita coisa, mas nosso conhecimento não é
verdadeiro e absoluto sobre o que é e como é o Universo. Tentarei expor em
parte cada item acima com uma cronologia de pensadores e o que estava
acontecendo na época.
O
Universo é: a alternativa (a) FINITO
Podemos
responder a letra (a) FINITO, e estaremos de acordo com muitas religiões e
civilizações do passado que diziam que a
Terra era plana e sustentada por quatro elefantes e esses sustentados por
uma tartaruga gigante(fig.1)! Claro que isso era uma alegoria para explicar como a
Terra era sustentada. As especulações de verdade sobre a Natureza do Universo
remontam aos tempos pré-históricos, por isso a Astronomia é considerada uma das
ciências mais antigas. Os registros Astronômicos datam aproximadamente 5 mil
anos atrás e se devem aos chineses (sempre eles!), aos babilônios, assírios e
egípcios. Nessa época os astros eram estudados com o objetivo relacionados à
Astrologia, para fazer previsões futuras de reis e senhores de terra. Quem
detinha o conhecimento da Astronomia (e também da Astrologia) eram muitas vezes
sacerdotes, druidas, magos, etc. pois eles tinham o “poder”de prever
acontecimentos como eclipses (lunares e solares); também conseguiam definir a
melhor época para o plantio pois eles perceberam que a Terra completava ciclos
regulares de chuvas e secas, essa regularidade do planeta parecia se completar
a cada 365 dias e isso foi muito bem observado por essas antigas civilizações.
Vários historiadores descobriram que antigas civilizações espalhadas pelo mundo
tinham esse conhecimento da regularidade das estações do ano, do período lunar,
e da previsão de eventos astronômicos. Isso fazia com que se especulasse a
respeito da origem da Vida e do Universo.
(fig1) |
O
desenvolvimento especulativo da ciência antiga se deu na Grécia quando
filósofos-viajantes começaram a especular sobre a origem do Universo. A ideia
dos filósofos gregos era achar uma ordem na origem de tudo. A palavra
“cosmologia” deriva da antiga palavra grega kosmeo,
que significa “ordenar”ou “organizar”, pois o céu apresentava padrões que
podiam ser compreendidos de uma forma analítica e sistemática.
Começou
a surgir conceitos como o da Esfera Celeste, uma esfera de material
cristalino(fig2), incrustada de estrelas, tendo a Terra como centro. Eles naquela
época não tinham conhecimento da rotação da Terra, imaginavam que a esfera
celeste girava em torno de um eixo passando pela Terra. Observaram que todas as
estrelas giram em torno de um ponto fixo no céu(fig3), e consideraram esse
ponto como uma das extremidades do eixo de rotação da Esfera Celeste. Eles
sabiam que o Sol muda de posição no céu ao longo do ano (no hemisfério Sul no
inverno o Sol está mais ao Norte e no verão o Sol está mais ao Sul) e nasce
sempre no leste e se opõe ao oeste. Esse caminho aparente do Sol no céu durante
o ano define a eclíptica(fig4) (assim chamada porque os eclipses ocorrem
somente quando a Lua está próxima da eclíptica). A Lua e os planetas percorrem
o céu em uma região de dezoito graus centrada na eclíptica, essa região é
definida como o Zodíaco, hoje dividida em 13 constelações(fig5) (a mais nova é
a Serpente 29 de Novembro à 17 de
Dezembro).
Como os gregos deduziram que a Terra é esférica, ficaram com uma dúvida que ainda assombra muita gente nos dias de hoje: “O que impede as pessoas de caírem?” A solução aristotélica (se é que podemos dizer assim) é dizer que como tudo tem a tendência de ir para o centro da Terra, então o centro da Terra é o centro do Universo. Portanto, a Terra é estática e tudo sobre a sua superfície é projetada para o centro, por isso que nós somos “presos” e não caímos fora da Terra.
Fica
muito simples a explicação de que a Terra é o centro do Universo, pois nós
somos o centro de todas as coisas, pois Deus (ou Deuses) quis assim, é a sua
criação. O Sol, a Lua, os astros errantes (planetas) todos giram em torno da
Terra. E depois dos planetas há o que se acredita a morada dos Deuses, é o que
os antigos chamavam de esfera de cristal o lugar das estrelas fixas.
Portanto, o Universo gira em torno da Terra!
Tudo
isso fica muito claro com o modelo geocêntrico(fig6) proposto por Ptolomeu(fig7)
no seu livro Almagesto que trabalhou na biblioteca de Alexandria no
Egito (século II d.C.). Com o calendário juliano e as navegações era
preciso conhecer muito bem o céu noturno e Ptolomeu estudou e catalogou muitas
estrelas e propôs um modelo já conhecido mas muito bem estruturado por ele. Mas
o modelo geocêntrico já existia, mas não conseguia explicar o movimento dos
“corpos errantes” principalmente o planeta Marte. Eis que Ptolomeu apresenta
uma elaborada explicação matemática para o movimento dos planetas o chamado ciclos
e epiciclos(fig8), já conhecido por Arquimedes. O cristianismo em ascensão
precisava de um “modelo matemático” para justificar seus dogmas bíblicos e o
modelo aristotélico-ptolomaico do geocentrismo foi muito bem aceito pelo cristianismo.
(fig6) |
(fig7) |
(fig8) |
Portanto,
no inicio da era cristão a imagem do universo como sendo o modelo geocêntrico
(ptolomaico-aristotélico) era o que melhor se ajustava nessa época. Mas esse
sistema era usado somente no Ocidente, outras culturas tinham outras imagens para
o Universo.
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